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Como mensurar o mercado de Casas Inteligentes e Conectadas?

Artigo publicado na Revista Home Theater & Casa Digital (setembro de 2020)

Quando falamos das mudanças e das tendências do mercado de Automação Residencial, ao final sempre somos solicitados a fornecer números que possam embasar aquilo que comentamos. E esta é uma pergunta bem objetiva e pertinente!

No entanto, temos muitas variáveis envolvidas nesta questão e nem sempre as conclusões eram consideradas confiáveis... Por quê?

Como tratar o tema ao fazer pesquisas quantitativas? Além das dificuldades normais (custos envolvidos, tipos de levantamentos e outras normais em qualquer pesquisa aprofundada) enfrentamos sempre a definição de quais critérios deveriam pontuar este tipo de pesquisa. O que traduz uma “casa inteligente”? Em que medida o fato de uma moradia dispor de uma SmarTV de ultima geração e um assistente de voz, por exemplo, habilita esta residência a constar no mapa como uma casa inteligente? E se o morador instalou um sistema extremamente moderno e sofisticado de segurança eletrônica, isto deve incluir a sua residência nesta classificação?

Sempre nos deparamos com este tipo de situação e sentíamos uma limitação importante para seguir adiante. No ultimo levantamento preliminar que fizemos, por volta de 2016, estimamos que o Brasil possuía então cerca de 300 mil residências que podiam ser consideradas “inteligentes”, ou seja, com um certo nível de automação que pudesse enquadrá-las neste quesito. A base para este cálculo envolveu algumas pesquisas direcionadas, assim como levantamento de fatores sócio econômicos da população.

Através deste numero, constatamos que apenas 0,5% das residências no Brasil dispunham de sistemas de automação, uma vez que a base total de casas no Brasil é superior a 60 milhões. Este dado sempre levantou discussões e polêmicas, pois o seu embasamento era limitado.

Neste momento, em função da grande movimentação do mercado e da entrada de novos e importantes players, esta questão ficou ainda mais urgente e as duvidas vêm se propagando. Com o intuito de atualizarmos a discussão, constatamos que, recentemente, um levantamento feito pelo Statista, uma empresa global especializada em pesquisa de mercado revela importantes dados sobre o nosso mercado de “casas inteligentes”.

A pesquisa se baseou em seis subsetores, a saber: Conforto e Iluminação, Entretenimento, Controle e Conectividade, Eletrodomésticos Inteligentes, Segurança e Gerenciamento de Energia.

Os números gerados estão bastante alinhados com os que estimamos até o ano passado e, a partir da situação levantada e dos fatores mais atuais que impulsionam o mercado, o Statista faz projeções muito interessantes.

Citamos a seguir algumas constatações gerais:

- o mercado brasileiro deve gerar um faturamento de US$ 1,1 bilhão em 2020 (segundo o relatório já foram atualizados os efeitos do COVID-19)

- com uma projeção de taxa media composta de crescimento em torno de 22% ao ano devemos atingir a cifra de US$ 3,1 bilhões em 2025

- entre os seis setores acima listados, o numero de residências que contam com algum tipo de sistema automatizado atualmente varia de 1,2 a 2,2 milhões. Interessante notar que no mesmo levantamento esta posição em 2017 oscilava entre 0,2 e 0,4 milhões, ou seja, muito aderente com as 300 mil residências do nosso estudo da época.

- No momento, o mercado de casas inteligentes no Brasil ocupa o 11º lugar em termos mundiais. Os lideres disparados são os Estados Unidos e a China, ambos com projeções próximas dos US$ 25 bilhões em 2020..


Portanto, agora dispomos de um novo patamar de informações e projeções para orientar nossos negócios nos próximos anos.Para contribuir com os estudos mais aprofundados, analisamos este relatório, traduzimos e compilamos seus dados e o resultado está disponivel no material que pode ser acessado clicando neste link

O despertar do mercado de automação residencial e predial no Brasil

Por Max Jaramillo*

Fortemente impulsionado pelo boom de equipamentos móveis, como tablets e smartphones, e pela proliferação dos mais variados aplicativos, o mercado de AV passa a fazer parte de um universo comercial e tecnológico muito maior: o mercado de TI.

O grande aumento e uso intensivo de soluções sem fio, aliado à conexão de Internet móvel, tem contribuído para o crescimento do mercado de Automação Residencial. Nos EUA, referência nesse segmento, a participação de casas inteligentes (monitoradas por aplicativos) chega a mais de 20% do total de residências - em um cenário que abrange mais de 120 milhões de casas.

Outros nichos também estão sendo “descobertos” pelas empresas do setor: além dos projetos que integram as funções já conhecidas como iluminação, áudio & vídeo, climatização e outros, existem mercados com necessidades específicas que podem ser atendidas pelas mesmas tecnologias, embora com diferentes abordagens e direcionamentos. Destacamos, entre outras: controle e medição de consumo de energia elétrica e de água, soluções para terceira idade, para espaços coletivos de co-living e co-working, soluções integradas para imóveis de locação temporária e hotelaria, utilização de automação para empreendimentos sustentáveis e diversas outras.

Gerando um total de 176 bilhões em receitas pelo mundo, apenas no ano de 2016, o mercado de AV tem demonstrado um grande potencial de crescimento e geração de lucro. A previsão é que até 2022 as receitas aumentem 4,7% ao ano, segundo relatório da IOTA 2018, publicado pela AVIXA - the Audiovisual and Integrated Experience Association.

Leia a reflexão do diretor executivo da Aureside, José Roberto Muratori: “Mesmo tendo acesso às mesmas tecnologias de ponta utilizadas nos países mais desenvolvidos, o Brasil não chega a atingir 1% das residências no mercado de Automação Residencial. Essa realidade se dá por conta não somente dos altos preços dos produtos, mas também porque o consumidor brasileiro ainda não se ateve à necessidade do uso intensivo da tecnologia na sua casa para atender requisitos básicos de segurança, economia e conforto. Também tem a questão referente à falta de um maior número de profissionais e empresas dedicados com exclusividade a esta atividade e ainda um distanciamento de um público considerado fundamental, que são os construtores, arquitetos e designers. Estes são agentes influenciadores e podem incluir o uso da automação nos projetos de novas edificações”. 

Ainda assim, o cenário é otimista e especialistas apostam neste mercado tanto no Brasil quando no mundo, principalmente ao considerar a projeção para o crescimento de Automação Residencial - segundo a Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial) - é de 11,5% ao ano, no mundo.

Mesmo com a crise que assolou o país em 2016, fazendo o dólar disparar, o mercado de AV não chegou a ser atingido de maneira significativa. O setor encerrou o ano praticamente estável. Isso foi possível por conta do grande potencial do mercado brasileiro, onde as pessoas, mesmo em pequena escala, estão se atendo cada vez mais à praticidade tecnológica como aliada na busca de uma melhor qualidade de vida. Não será surpresa alguma quando, em um futuro próximo, a maioria dos lares forem controlados por algum tipo de automação residencal.

Temos um gigante despertando no Brasil. Quem abrir os olhos, sairá na frente.


(*) Max Jaramillo, diretor da Latin Press, responsável por promover junto da AVIXA, um evento referência no mercado, a Infocomm Brasil. Mais informações em: https://www.tecnomultimidia.com.br/




Estudo IDC revela impressões dos brasileiros com relação às casas inteligentes


A última edição do QuISI, estudo conduzido pela Qualcomm em parceria com a IDC, revelou que 98,1% dos brasileiros usam o smartphone para se comunicar e executar tarefas cotidianas que exigiriam deslocamento físico. Ainda, 41,9% dos usuários brazucas tendem a trocar de aparelho a cada 2 anos.
Abaixo reproduzimos o tercho que trata sobre as casas conectadas

Casas conectadas e inteligentes
Quanto ao conceito de casa inteligente, conectada à Internet das Coisas, 67,3% dos entrevistados disseram já estarem familiarizados com a ideia. Apesar disso, apenas 4,3% deles já possuem pelo menos um dispositivo inteligente em casa, enquanto outros 68,4% gostariam de ter, mas ainda acham esses produtos muito caros.
Com relação aos benefícios de uma casa inteligente, 81,3% das pessoas ouvidas pela pesquisa acreditam que o controle de segurança seja o mais atrativo, enquanto 75% gostam da ideia de controlar a iluminação remotamente.


O estudo completo pode ser acessado em http://www.idclatin.com/quisi2017/brasil.html

Vinte anos de Automação Residencial no Brasil!

Para uma tecnologia tão recente como a Automação Residencial, acredite: vinte anos é uma eternidade!

Ou seja, pouco tempo passou mas as novidades foram muitas. Para quem atua na área há tanto tempo (e não são muitos...) chegou a "hora da saudade"..😄

E para aqueles que estão começando já nesta fase de "Internet das Coisas", será muito interessante conhecer de perto esta evolução!

Assim, a AURESIDE está reunindo produtos que representam esta história e eles serão apresentados para o público interessado durante as Jornadas de Automação no decorrer de 2017. Podemos , talvez, chamar de "Museu da Automação Residencial" ?🎦

A seguir você tem uma amostra do que já estamos organizando... caso tenha ou conheça alguem que possa ceder produtos neste perfil evolutivo, entre em contato e vamos conversar!

Linha do tempo (1998 até 2008)

Na imagem abaixo, os pioneiros da Automação Residencial no mundo: a linha X10


1- "Kit" Home Director da IBM
2 - Módulos (On/Off e Dimmer) da Radio Shack

E na imagem abaixo, um console X10 que fazia a transferencia de comandos de uma chamada telefonica (linha discada!) para os modulos instalados na casa. Notar que endereçamento dos módulos era manual, girando com a ponta da chave de fenda os pequenos discos que marcavam numeros e letras


Por volta de 2002 surgem comercialmente os primeiros módulos com protocolo sem fio Z-Wave...

Na imagem abaixo um "módulo dimmer de tomada" e um controle remoto, ambos da Sylvania. Através deste controle, os modulos eram endereçados e era possivel programar acionamento remoto e cenários de iluminação


E a seguir, módulos Z-Wave de outros fabricantes, surgidos na mesma época:

1- Dimmer de parede, fabricante Advanced Control, com chip de "radio" Z-Wave embutido
2- Modulo de tomada, fabricante HomePro
3 - Controle remoto / programador da GE, emissor de sinais Z-Wave



Falando em controle remoto... vamos ver na imagem abaixo uma linha do tempo: todos estes foram (ou ainda são) utilizados para controle de equipamentos domésticos. E, logicamente, são da "era pré tablet e pré smartphone...)

1 - Controle Infravermelho (IR) convencional)
2 - PDA ou PalmTop Zire 72 (com camera digital de 1,2 Mb)
3 - Controle universal com tela touchscreen e botões fixos - Logitech Harmony 1000
4 - Controle universal com tela touchscreen e interface RF Philips Pronto
5 - Tela touchscreen fixa (para embutir na parede)