Fortemente impulsionado pelo boom
de equipamentos móveis, como tablets e smartphones, e pela proliferação dos
mais variados aplicativos, o mercado de AV passa a fazer parte de um universo
comercial e tecnológico muito maior: o mercado de TI.
O grande aumento e uso intensivo
de soluções sem fio, aliado à conexão de Internet móvel, tem contribuído para o
crescimento do mercado de Automação Residencial. Nos EUA, referência nesse
segmento, a participação de casas inteligentes (monitoradas por aplicativos)
chega a mais de 20% do total de residências - em um cenário que abrange mais de
120 milhões de casas.
Outros nichos também estão sendo
“descobertos” pelas empresas do setor: além dos projetos que integram as
funções já conhecidas como iluminação, áudio & vídeo, climatização e
outros, existem mercados com necessidades específicas que podem ser atendidas
pelas mesmas tecnologias, embora com diferentes abordagens e direcionamentos.
Destacamos, entre outras: controle e medição de consumo de energia elétrica e
de água, soluções para terceira idade, para espaços coletivos de co-living e
co-working, soluções integradas para imóveis de locação temporária e
hotelaria, utilização de automação para empreendimentos sustentáveis e diversas
outras.
Gerando um total de 176 bilhões
em receitas pelo mundo, apenas no ano de 2016, o mercado de AV tem demonstrado
um grande potencial de crescimento e geração de lucro. A previsão é que até 2022
as receitas aumentem 4,7% ao ano, segundo relatório da IOTA 2018, publicado
pela AVIXA - the Audiovisual and
Integrated Experience Association.
Leia a reflexão do diretor
executivo da Aureside, José Roberto Muratori: “Mesmo tendo acesso às mesmas tecnologias
de ponta utilizadas nos países mais desenvolvidos, o Brasil não chega a atingir
1% das residências no mercado de Automação Residencial. Essa realidade se dá
por conta não somente dos altos preços dos produtos, mas também porque o
consumidor brasileiro ainda não se ateve à necessidade do uso intensivo da
tecnologia na sua casa para atender requisitos básicos de segurança, economia e
conforto. Também tem a questão
referente à falta de um maior número de profissionais e empresas dedicados com
exclusividade a esta atividade e ainda um distanciamento de um público
considerado fundamental, que são os construtores, arquitetos e designers. Estes
são agentes influenciadores e podem incluir o uso da automação nos projetos de
novas edificações”.
Ainda assim, o cenário é otimista
e especialistas apostam neste mercado tanto no Brasil quando no mundo,
principalmente ao considerar a projeção para o crescimento de Automação
Residencial - segundo a Aureside
(Associação Brasileira de Automação Residencial) - é de 11,5% ao ano, no mundo.
Mesmo com a crise que assolou o
país em 2016, fazendo o dólar disparar, o mercado de AV não chegou a ser
atingido de maneira significativa. O setor encerrou o ano praticamente estável.
Isso foi possível por conta do grande potencial do mercado brasileiro, onde as
pessoas, mesmo em pequena escala, estão se atendo cada vez mais à praticidade
tecnológica como aliada na busca de uma melhor qualidade de vida. Não será
surpresa alguma quando, em um futuro próximo, a maioria dos lares forem controlados
por algum tipo de automação residencal.
Temos um gigante despertando no
Brasil. Quem abrir os olhos, sairá na frente.
(*) Max Jaramillo, diretor da Latin Press,
responsável por promover junto da AVIXA, um evento referência no mercado, a Infocomm
Brasil. Mais informações em: https://www.tecnomultimidia.com.br/.
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