No entanto, temos muitas variáveis envolvidas nesta questão e nem sempre as conclusões eram consideradas confiáveis... Por quê?
Como tratar o tema ao fazer pesquisas quantitativas? Além das
dificuldades normais (custos envolvidos, tipos de levantamentos e outras
normais em qualquer pesquisa aprofundada) enfrentamos sempre a definição de
quais critérios deveriam pontuar este tipo de pesquisa. O que traduz uma “casa
inteligente”? Em que medida o fato de uma moradia dispor de uma SmarTV de
ultima geração e um assistente de voz, por exemplo, habilita esta residência a
constar no mapa como uma casa inteligente? E se o morador instalou um sistema
extremamente moderno e sofisticado de segurança eletrônica, isto deve incluir a
sua residência nesta classificação?
Sempre nos deparamos com este tipo de situação e sentíamos
uma limitação importante para seguir adiante. No ultimo levantamento preliminar
que fizemos, por volta de 2016, estimamos que o Brasil possuía então cerca de
300 mil residências que podiam ser consideradas “inteligentes”, ou seja, com um
certo nível de automação que pudesse enquadrá-las neste quesito. A base para este
cálculo envolveu algumas pesquisas direcionadas, assim como levantamento de
fatores sócio econômicos da população.
Através deste numero, constatamos que apenas 0,5% das
residências no Brasil dispunham de sistemas de automação, uma vez que a base
total de casas no Brasil é superior a 60 milhões. Este dado sempre levantou
discussões e polêmicas, pois o seu embasamento era limitado.
Neste momento, em função da grande movimentação do mercado e
da entrada de novos e importantes players, esta questão ficou ainda mais
urgente e as duvidas vêm se propagando. Com o intuito de atualizarmos a
discussão, constatamos que, recentemente, um levantamento feito pelo Statista,
uma empresa global especializada em pesquisa de mercado revela importantes
dados sobre o nosso mercado de “casas inteligentes”.
A pesquisa se baseou em seis subsetores, a saber: Conforto
e Iluminação, Entretenimento, Controle e Conectividade, Eletrodomésticos
Inteligentes, Segurança e Gerenciamento de Energia.
Os números gerados estão bastante
alinhados com os que estimamos até o ano passado e, a partir da situação
levantada e dos fatores mais atuais que impulsionam o mercado, o Statista faz
projeções muito interessantes.
Citamos a seguir algumas
constatações gerais:
- o mercado brasileiro deve gerar
um faturamento de US$ 1,1 bilhão em 2020 (segundo o relatório já foram atualizados os
efeitos do COVID-19)
- com uma projeção de taxa media
composta de crescimento em torno de 22% ao ano devemos atingir a cifra de US$ 3,1 bilhões em 2025.
- entre os seis setores acima
listados, o numero de residências que contam com algum tipo de sistema
automatizado atualmente varia de 1,2 a 2,2 milhões. Interessante notar
que no mesmo levantamento esta posição em 2017 oscilava entre 0,2 e 0,4
milhões, ou seja, muito aderente com as 300 mil residências do nosso estudo da
época.
- No momento, o mercado de casas
inteligentes no Brasil ocupa o 11º lugar em termos mundiais. Os lideres
disparados são os Estados Unidos e a China, ambos com projeções próximas dos US$ 25 bilhões em 2020..
Portanto, agora dispomos de um novo patamar de informações e projeções para orientar nossos negócios nos próximos anos.Para contribuir com os estudos mais aprofundados, analisamos este relatório, traduzimos e compilamos seus dados e o resultado está disponivel no material que pode ser acessado clicando neste link
Parabéns pela postagem!! Eu estou iniciando no mundo da automação e sempre entro aqui no blog para verificar sobre as novidades. Grande abraço a todos.
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